
Era um domingo de carnaval e como não somos de ir para avenida sambar, escolhemos (Zé carlos e eu) ficar entre amigos.
E foi assim que reencontrei meus queridos amigos e seus filhos na casa de Cecília e João e Luiza e Pedro, os moradores; o Edu e Cris e seus filhos Nanda e Léo; o Tião -e seu irmão Lucas- e Dilma, Ivan e Dalva e Ophelis.
Vários deles, eu havia encontrado em dezembro último, mas alguns havia já bastante tempo que não os via e outros eu nem conhecia.
De qualquer forma, foi um domingo bom de viver.
A imagem ao lado, eu a fiz para registrar o clima de afetividade que envolveu todo o nosso encontro.
Imagem: Leda Lucas
Texto: Leda Lucas
E para comemorar a inesquecível tarde, um poema de Mario Quintana.
A surpresa de ser
A florzinha
Crescendo
Subia
Subia
Direito
Pro céu
Como na História de Joãozinho e o Pé de Feijão.
Joãozinho era eu
Na relva estendido
Atento ao mistério das formigas que trabalhavam tanto...
E as nuvens, no alto, pasmadas, olhavam...
E as torres, imóveis de espanto, entre voos ariscos
Olhavam, olhavam...
E a água do arroio arregalava bolhas atônitas
Em torno de cada pedra que encontrava...
Porque todas as coisas que estavam dentro do balão azul daquela hora
Eram curiosas e ingênuas como a flor que nascia
E cheias do tímido encantamento de se encontrarem juntas,
Olhando-se...
Quintana, Mário (1906-1994). In: Prosa & Verso. São Paulo, Ed. Globo, 1997, 7ª ed. p. 122