
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!
(Mario Quintana)
Estes versos foram publicados em 30 de julho de 2006, como uma
homenagem ao poeta Mario Quintana, que estaria completando 100 anos de idade, se vivo fosse. Extraído do livro "Quintana de bolso", Editora LP&M Pocket - Porto Alegre (RS), 2006, pág. 59,
seleção de Sergio Faraco.
Imagem: revistazunai.com
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