Como pode um homem saber o que é a vida de uma mulher?”
Este fragmento de texto foi digitado a partir do primeiro parágrafo do livro A tecelã – Ensaios sobre a Psicologia Feminina Extraídos dos Diários de uma Analista Junguiana, de Barbara Black Koltuv e publicado pela Editora Cultrix, São Paulo, 1997, 12ª ed., p. 11.
O propósito da transcrição do texto é de trazer à luz um pensamento mais profundo para além da pequenez de muitos dos pensamentos e atitudes que temos umas para com as outras; assim como em relação de gênero entre mulher e homem. Está-se buscando somente um que-fazer para nos reintegrarmos em profundidade a fim de resgatar a Liberdade mesmo quando escolhemos o Amor.
No capítulo 8, Criatividade e Realização, a autora começa o ensaio com uma parábola denominada Presentes da Vida, que foi escrita por Olive Schreiner, uma feminista sul-africana, em 1890.
“Eu vi uma mulher que dormia. Em seu sono, ela sonhou que a Vida estava em pé diante dela e segurava um presente em cada mão – numa o Amor, na outra a Liberdade.
E ela disse para a mulher: “Escolha!”
E a mulher esperou muito tempo; então respondeu: “Liberdade!”
E a Vida disse: “Escolheste bem. Se tivesses dito “Amor", eu teria oferecido aquilo que me pediste: e eu te abandonaria e não mais retornaria. Agora chegará o dia em que retornarei. Nesse dia, trarei os dois presentes numa só mão.
Eu ouvi a mulher rir durante o sono.
O sentido da vida que nos força a escolher entre o amor e a liberdade – ou, em termos modernos, uma carreira, uma profissão, um profundo envolvimento com nosso trabalho criativo – tem estado conosco há muitos anos.”
…
Alguns parágrafos à frente, a autora cita um ensaio de Jung onde ele escreve, em 1927, que
“É função de Eros unir o que Logos dividiu. A mulher de hoje depara-se com uma tremenda tarefa cultural – talvez seja o amanhecer de uma nova era.”
Imagem: Leda Lucas
Imagem: Leda Lucas
São Paulo, 12 de março de 2010
Leda Maria Lucas
Super-Homem, a Canção (1979)
Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver
Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera
Ser o verão no apogeu da primavera
E só por ela ser
Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher
Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um deus o curso da história
Por causa da mulher
Fonte: http://letras.terra.com.br/gilberto-gil/46246/ - postado a partir do Google.
2 comentários:
O que é uma mulher? Gostei muito da sua resenha e da reflexão. A escolha da liberdade, para a mulher de hj, é a escolha mais acertada, pois, sem ela, sem a liberdade, ela não tem o amor. Para saber amar, deve-se ser livre. Gilberto Gil nessa canção revela o que todo homem deveria perceber dentro de si.
Bjs!
a liberdade tem custos altos mas que valem muito a pena
nós mulheres temos que ter mais garra para tudo
gostei destes textos
abraços
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