Plantada no vão do Masp, testemunha diariamente idas e vindas das pessoas da Metrópole ou nem. Desde a primeira vez que a vi, pergunto-me sobre o gênio que a deslocou até aqui e depositou-a à beira de nosso caminho como a nos fazer viver o poema de Carlos Drummond que rompendo a tradição literária em nosso país escreve:
TINHA UMA PEDRA NO MEIO DO CAMINHO
Bom seria que nós, os passantes diários e eventuais, estivéssemos acordados aos acontecimentos todos que nos rodeiam.
Você, é sempre, para mim, uma incrível pergunta. É personificação de enigma.
Eu não tenho respostas.
Imagem: Leda Lucas
Texto: Leda Lucas
Mas o que é um menir?
Para marcar as estações, realizar cerimônias religiosas, demarcar território – e, no caso do personagem Obelix, como arma contra os romanos. Menir é uma pedra geralmente alongada, natural ou cortada e esculpida, entre 50 centímetros e 11 metros de altura. Povos celtas, por exemplo, montavam estruturas de menires em forma de fileiras, círculos ou corredores, ao redor das quais ocorriam homenagens, eventos fúnebres e até sacrifícios humanos. Para eles, as pedras eram símbolo de eternidade. “Mas a principal função era marcar as estações do ano e das colheitas”, diz o historiador paranaense Johnni Langer. Para isso, as pedras eram construídas alinhadas ao sol. Há menires em quase todo mundo. As construções mais famosas são Stonehenge, na Inglaterra, e Carnac, na França. O Brasil também tem menires indígenas. O maior fica em Monte Alto, na Bahia, com quase 400 blocos.
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2 comentários:
Por cá temos menires que parecem ocorrer isolados ou que distam algumas centenas de metros desses círculos de pedras de forma elíptica a que chamamos cromeleque
Em Almendres perto de Évora existe um dos maiores cromeleques da Europa. Tem pelo menos 185 pedras graníticas parecidas com as da tua foto. Está articulado com menires isolados a muita distância e foi datado do VI milénio antes de Cristo, sofrendo evolução sucessiva durante dois mil anos até ao IV milènio. Entre outras coisas este cromeleque é uma máquina de cálculo astronómico que permite saber quando ocorrem solestícios e equinóceos, ou seja quando começa o Verão ou o Inverno.
Foi descoberto em 1964 e sobre ele muito há ainda para estudar.
Numa postagem de 5 de Maio deste ano tenho uma foto de um menir caiado. Está no adro de uma igreja,
e é a imagem de como o pagão continua a conviver com o cristão, ou melhor como o que é sagrado nunca é profano, agora chama-se ecumenismo.
Muitíssimo obrigada pelo comentário sobre a imagem e, principalmente por compartilhar as informações.
Um abraço de cá do brasil.
Leda
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