domingo, 20 de março de 2011

Cravos brancos e vermelhos



"(...) o cravo tem uma agressividade que vem de certa irritação. São ásperas e arrebitadas as pontas de suas pétalas. O perfume do cravo é de algum modo mortal. Os cravos vermelhos berram em violenta beleza. Os brancos lembram o pequeno caixão de uma criança defunta: o cheiro então se torna pungente e a gente desvia a cabeça para o lado com horror. Como transplantar o cravo para a tela?"

Clarice Lispector. Água Viva. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980, 4ª ed., pág. 58
Imagem: Leda Lucas
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