domingo, 22 de novembro de 2009

Uma árvore, o mar, o vento e vozes


Um cipreste antigo no quintal mítico da casa de Pablo Neruda,
em Isla Negra, Chile.

Uma antiga árvore.
O eterno mar.
As ruidosas - e juvenis -
vozes humanas.

E o vento em la Isla...

Texto: Leda
Vídeo: Leda

Poema de Pablo Neruda

O Vento na Ilha

O vento é um cavalo:
Ouça como ele corre

Pelo mar, pelo céu.


Quer me levar: escuta

como recorre ao mundo

para me levar para longe.

Me esconde em teus braços

por somente esta noite,

enquanto a chuva rompe

contra o mar e a terra

sua boca inumerável.

Escuta como o vento
me chama
galopando
para me
levar para longe.

Com tua frente a minha frente,
com tua boca em minha boca,
atados nossos corpos

ao amor que nos queima

deixa que o vento passe
sem que possa me levar.

Deixa que o vento corra
coroado de espuma,

que me chame e me busque

galopando na sombra,

entretanto eu, emergido e
debaixo de teus grandes olhos,
por somente esta noite

descansarei, amor meu.

(Pablo Neruda)

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