À Tomie Ohtake
Profundo azul in nomine sus
tenta gomo metálico
fruto cristalizado
Matéria um dia – ou tal
vez noite in so(o)ne –
entre tantas
concebida assim
imagem esboçada
em tantos traços in(de cisos)
a carvão
na folha
Em cor
forma agora
presente fica
os limites do azul
Leda
sábado, 27 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Entrevista para a rádio Unesp
Abaixo, transcrevo o endereço da rádio da Unesp (Universidade Paulista) com entrevista realizada em 13/04/09, feita por Oscar D'Ambrosio, quando falamos sobre o nosso maior gosto: contar estória e escrever e registrar as imagens nos caminhos... Às 13 horas!
Se você quiser, comente.
http://aci.reitoria.unesp.br/radio/perfil_literario
Leda
Se você quiser, comente.
http://aci.reitoria.unesp.br/
Leda
segunda-feira, 22 de junho de 2009
A cidade dorme
Na tardia noite, os verdes enegrecidos pela luz da opaca esperança
Meus pesadelos, elos matriarcais
e os portais, passagens numinosas em ramos de sonhos e sons
troncos-esteio
em tempos de estio.
Leda
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Exposição de Rosa de Luca sobre Sampa
"São Paulo está em toda parte. Assim como o sertão de Guimarães Rosa, ela está dentro da gente, com suas contradições, suas dissonâncias, sua alta intensidade, seu caos.
E a surpresa de ir descobrindo todas as cidades escondidas dentro dessa cidade.
Aqui as histórias se escondem, as paixões se escondem, milhões de vidas secretas se escondem dentro de vidas.
Aqui correm todos os segredos, se flertam com todos os perigos, se brinca com todos os pecados.
Sampa tem tudo. Tem o pior de tudo e o melhor de tudo.
Aqui pode ser ruim mas é bom, pode ser bom mas é ruim. Pode tudo. Inclusive perder-se.
Ela é muito-tudo-de-uma-vez-agora. E faz tão mal e tão bem, dor e delícia, prazer e vício.
É a cidade da abrangência, a mais contemporânea das contemporâneas dessa outra América, doida e rica de outro jeito.
O território de todos, onde o impossível não existe. Pode ser ao mesmo tempo inferno e paraíso, sempre mutante, serpente que engole o próprio rabo.
São Paulo é um enigma permanente que te devora enquanto você pensa que a decifra.
E revela suas intermináveis faces num oceano em constante movimento de informação e transformação.
As lentes de Rosa de Luca buscam captar a vibração, o pulsar desta cidade apaixonante.
Cuidado com esse amor. É extremamente tóxico e é pra sempre.
Onde quer que você vá, você leva essa raiz dentro."
(Autora: Bruna Lombardi)
Imagem: Leda
E a surpresa de ir descobrindo todas as cidades escondidas dentro dessa cidade.
Aqui as histórias se escondem, as paixões se escondem, milhões de vidas secretas se escondem dentro de vidas.
Aqui correm todos os segredos, se flertam com todos os perigos, se brinca com todos os pecados.
Sampa tem tudo. Tem o pior de tudo e o melhor de tudo.
Aqui pode ser ruim mas é bom, pode ser bom mas é ruim. Pode tudo. Inclusive perder-se.
Ela é muito-tudo-de-uma-vez-agora. E faz tão mal e tão bem, dor e delícia, prazer e vício.
É a cidade da abrangência, a mais contemporânea das contemporâneas dessa outra América, doida e rica de outro jeito.
O território de todos, onde o impossível não existe. Pode ser ao mesmo tempo inferno e paraíso, sempre mutante, serpente que engole o próprio rabo.
São Paulo é um enigma permanente que te devora enquanto você pensa que a decifra.
E revela suas intermináveis faces num oceano em constante movimento de informação e transformação.
As lentes de Rosa de Luca buscam captar a vibração, o pulsar desta cidade apaixonante.
Cuidado com esse amor. É extremamente tóxico e é pra sempre.
Onde quer que você vá, você leva essa raiz dentro."
(Autora: Bruna Lombardi)
Imagem: Leda
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Sucupira
"(...)Árvore, sempre no meio
de tudo o que a cerca,
árvore que saboreia
toda abóbada dos céus.
Deus vai aparecer-lhe.
Ora, para que ela esteja segura,
ele desenvolve em
redondo o seu ser
e lhe estende braços maduros.
Árvore que talvez
pense no interior.
Árvore que se domina
dando-se lentamente
a forma que elimina
os acasos do vento!"
In: Inquiétude. Rainer Maria Rilke (1875- 1926)
Foto: Leda
de tudo o que a cerca,
árvore que saboreia
toda abóbada dos céus.
Deus vai aparecer-lhe.
Ora, para que ela esteja segura,
ele desenvolve em
redondo o seu ser
e lhe estende braços maduros.
Árvore que talvez
pense no interior.
Árvore que se domina
dando-se lentamente
a forma que elimina
os acasos do vento!"
In: Inquiétude. Rainer Maria Rilke (1875- 1926)
Foto: Leda
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Na casa de Dona Yaiá
Naquele domingo de imagens
em exposição a criança
que um dia fui
nem soube
que fazia história
na casa de Dona Yaiá
Naquela manhã sem que
a gente mesmo soubesse,
havia uma luz e um menino
que, até agora, nina-me.
Leda
em exposição a criança
que um dia fui
nem soube
que fazia história
na casa de Dona Yaiá
Naquela manhã sem que
a gente mesmo soubesse,
havia uma luz e um menino
que, até agora, nina-me.
Leda
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