terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Voo da férrea libélula


Nos quintais de casa cresciam anêmonas azuis e beijinhos rosa que criança ofertava ao Menino Deus.
A gente cresceu, dispôs de armaduras e enjeitou os cantos dos encantamentos para sair pela porta dos fundos de um tempo de descartáveis recordações: vestes da civilização.
Agora, nas andanças pelo bairro da cidade, pouco a pouco vou cosendo a alma esquecida em baús trancados a chaves de marzipan – alvas e sem-par –, conforme o caminho ao dentro azul.

Imagem: Leda Lucas
Texto: Leda Lucas