segunda-feira, 9 de março de 2009

Ser do poeta

Por que está aqui, esta imagem?
Um raminho seco de não se sabe que planta; um amontoado de fios sintéticos magenta embolados tal como fios de um novelo de linha há muito abandonado; além da presença de restos de folhas secas inteiras e despedaçadas.
Depois, ainda poderia se pensar: por que este enquadramento em fundo geométrico?
Mas, e se a olhássemos mais detidamente para quem sabe descobrir o que aí se mostra?
O que sei contar é que a encontrei rolada na calçada, em plena praça, entre outros incontáveis detritos, porém já assim composta e meu único ato foi a coragem de apanhá-la do chão e ficar imaginando o percurso de cada um destes seres (ramo seco, fio magenta e folhinhas secas quebradas) até o encontro. Depois, já em casa, fotografar a composição sobre o rascunho de desenho da planta de uma casa feito pelo filho.
E, então, aguardar que alguém possa ajudar-me a entender os mistérios do dia a dia. (Leda)

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