terça-feira, 22 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Indagações 1
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Poetas, seresteiros, namorados...
terça-feira, 8 de novembro de 2011
XLVIII
“Da mais alta janela da minha casa
Com um lenço branco digo adeus
Aos meus versos que partem para a Humanidade.
E não estou alegre nem triste.
Esse é o destino dos versos.
Escrevi-os e devo mostrá-los a todos
Porque não posso fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvore esconder que dá fruto.
Ei-los que vão já longe como que na diligência
E eu sem querer sinto pena
Como uma dor no corpo.
Quem sabe quem os lerá?
Quem sabe a que mãos irão?
Flor, colheu-me o meu destino para os olhos.
Árvore, arrancaram-me os frutos para as bocas.
Rio, o destino da minha água era não ficar em mim.
Submeto-me e sinto-me quase alegre,
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.
Ide, ide de mim!
Passa a árvore e fica dispersa pela Natureza.
Murcha a flor e o seu pó dura sempre.
Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua.
Passo e fico, como o Universo”.
(Alberto Caieiro). In: Fernando Pessoa. O Eu profundo e os outros eus: seleção poética de Afrânio Coutinho. 5ª ed., Rio de Janeiro, J. Aguilar, 1976.
Imagem: Leda Lucas
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Tom Waits - You Can Never Hold Back Spring
Johnny Cash/Tom Waits Down there by the train cover Harry de
Enviado por Harrydevisser em 17/03/2008
Love this song, and it's so pure!
Categoria:
Música
Palavras-chave:
Jhonny Cash Tom Waits Down there by the train cover Harry de Visser Harrydevisser
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