sábado, 19 de maio de 2012

Voltando ao lar


"O Grito (no original Skrik) é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, a mais célebre das quais datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci.
A série tem quatro pinturas conhecidas: duas na posse do Museu Munch, em Oslo, outra na Galeria Nacional de Oslo, e outra em coleção particular. Em 2012, esta última tornou-se a pintura mais cara da história a ser arrematada, num leilão, por 119,9 milhões de dólares."

Fonte: Wikipédia

"Todas nós temos os nossos métodos preferidos (...) para a volta ao lar. (...) A verdade é que, quando chegou a hora, chegou a hora.
Algumas mulheres nunca voltam ao lar e, em vez disso, passam a vida a la zona zombi, na faixa dos zumbis. A parte mais cruel deste estado sem vida reside no fato de a mulher funcionar, caminhar, falar, agir, até realizar muitas coisas, mas sem sentir os efeitos do que não deu certo. Se ela sentisse, a dor faria com que imediatamente se voltasse para corrigir a situação.
No entanto, não é isso o que ocorre. A mulher nesse estado segue em frente com dificuldade, com os braços estendidos, defendendo-se da dolorosa perda do lar, cega e, como dizem nas Bahamas, 'ela se tornou sparat', querendo dizer que a alma partiu sem ela e a deixou com uma sensação de não ser inteiramente sólida, por mais que se esforce. Nesse estado, as mulheres têm a estranha impressão de que estão realizando muito, mas com muito pouca satisfação. Elas estão fazendo o que achavam que deviam fazer, mas não se sabe como o tesouro nas suas mãos se transformou em pó. Essa é a percepção adequada que a mulher deve ter nesse estado. O descontentamento é a porta secreta que leva a mudanças significativas e revigorantes." 

In: Clarissa Pinkola Estés. Mulheres que Correm com os Lobos – Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. Rio de Janeiro, Editora Rocco, 1996, 8ª ed., pág. 358.

Imagem: Google

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