Maria – chamariam Fifia!
Das Dores
Socorro
até Geralda.
Mas não.
O rádio – novidade maior –
trazia notícias distantes:
na voz do presidente do país
e seu quotidiano com nomes
de suas filhas...
E assuntos até de além-mar
– No mundo, por tudo isto, vastíssimo,
acabava a Segunda Guerra Mundial
e sentiam seus efeitos – .
A lenda tantas vezes
recordada conta da escolha
do lindo nome Meire Maria!
“Vai chamar Meire Maria
essa minha fia”! – com brilho
de líquida luz nos olhos.
Mas não. O padre
arrazoou a repetição.
E então decidiu-se
pela onomatopéia ‘le dá’
– para Ieda –
filha do presidente.
Trouxe desde lá
em mim a vontade
recorrente de Sol. E muito dó
da gente sem si.
Imagem: Norma H. Lucas
Poema: Leda Lucas
4 comentários:
bela fotografia
as palavras trazem-nos outras realidades para serem pensadas
abraços
Constança
...e lá um dia - toda vida e sempre - estava eu a construir todos os sonhos.
começou com o fim da guerra o nome de minha irmã Leda... e por isso nos trouxe também além das boas notícias, a PAZ!!!!
Quanta sensibilidade nessa família artista. Como transformar os sentimentos em palavras, em poemas? Como captar os melhores momentos, as melhores luzes, as melhores sensações com algo estático? Muito bom!
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