segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pinacoteca de São Paulo


Hoje, dia 25 de abril de 2010, fui ver esta exposição de fotografias de árvores de São Paulo, numa tarde de outono, quando no céu o sol não se definia entre continuar atrás das nuvens de um lado da cidade ou aparecer ameno-dourado sobre um tanto de cabeças na região da Luz.
Tanta gente! De ver cidade. Diversas idades...
Diversidade.
Ainda na rua, mais precisamente na Avenida Tiradentes, ao estacionar o carro, com o pé na calçada avistei uma paineira com quase nenhuma flor, mas as pouquinhas que havia eram tão...
Enormes! Estrelas cor-de-rosa e branca presas a galhos negros contra um céu cinzento e azul.
Depois, lá dentro, muita gente entrando e saindo, pois o que as motivou irem até lá: Andy Warhol. Mas a exposição do artista era no prédio ali próximo, no Estação Pinacoteca.
Descemos (Zé Carlos e eu) para o subsolo do prédio e, uma vez lá, as fotografias das árvores em exposição encheram de poesia minha tarde.
Parabéns, senhor fotógrafo! E, também, àqueles que o ajudaram na revelação da alma da Natureza.

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Um livro foi publicado pela Imprensa Oficial sob o título “Raízes: Árvores na paisagem do Estado de São Paulo” que é resultado de mais de um ano de pesquisa e cerca de 16 mil quilômetros percorridos em 4 meses, nos quais Valdir Cruz e sua equipe passaram por estradas, fazendas, beiras de rios e trilhas, muitas vezes com ajudas de mateiros. O autor explica que a ideia do projeto não era fotografar qualquer árvore, ele queria exemplares representativos, que tivessem algo a dizer. Todas têm quase 100 anos ou mais, o que pode ser percebido pelas suas dimensões e beleza. Para chegar até elas, Valdir teve a ajuda da paisagista Renata Tilli na pesquisa.

Valdir mora há mais de 30 anos nos Estados Unidos, mas mantém as raízes na escolha dos temas de vários de seus livros e exposições. Desta vez ficou quase um ano no Brasil para chegar à seleção que integra o livro. Ele tornou-se um “caçador de árvores”, tendo percorrido 30 cidades paulistas, de Itaberá a Cunha, de Rifaina e Ibitinga, de Estiva Gerbi a Santa Fé do Sul. Durante a jornada, fotografou 120 árvores, de 80 espécies diferentes, num total de mais de 750 cliques. A obra conta ainda com um ensaio do escritor Ignácio de Loyola Brandão.

Imagem: uol (a partir de pesquisa no google)
Texto: Leda Lucas

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